Portal Para a Morte

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os Rastejantes - 93



Só os rastejantes sobreviverão
entre o fogo da guerra e os icebergues polares.
Viverão os rastejantes monótonos,
os monstrengos da tua prisão.

Farão parte da literatice
corpos lívidos e sem amor.
Vivendo a liberdade escabrosa,
navegando no ácido vômito da carne.

Terão palavras farpas mecanizadas,
de sentido farto ardiloso.
Com cheiro matricídios
recamam com a morte os que vivem.

Com lamúria vasca
crepúsculo sobre o jazigo,
refletirão corpos apodrecidos
pelos vermes que rastejarão.

Coincidência ou não,
estes vermes tragicamente rastejantes,
repousantes repetentes,
tem a tua face.

              Janice Adja.

"Plágio é crime e está previsto no Artigo 184 do Código Penal 9610".

7 comentários:

  1. Janice, gosto da tua poesia original.
    Um abração. Tenhas uma linda noite.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Ah, então foi por isso q este post não apareceu no meu painel. Como disse o Dilmar, sua poesia é muito original. Vou ler todos os seus textos.
    Vc tem razão. Te agradeço muito pelos seus comentários nos meus humildes blogs.
    Beijos

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  4. Que isso, assim você me deixa sem jeito.
    Escrevo, e como todos que escevem, gosto de ser lida
    e corrigida quando errada.
    Ainda bem que você existe.
    rsrsrsrsr
    Beijos!

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  5. Nietzsche escreveu, no "Assim falou Zaratustra", que os últimos homens da Terra olhariam uns para os outros e,
    piscando os olhos, diriam: "Ainda bem que já resolvemos o problema da felicidade, não é mesmo?"
    Belas imagens poéticas.

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  6. Olá Janice!

    De facto, há pessoas que se assemelham a rastejantes.
    Gostei da poesia!
    Parabéns!

    Beijos,

    Cris Henriques

    http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com

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