Portal Para a Morte

terça-feira, 29 de julho de 2014

127 - O Suicida


O apego pela morte
é regida pelo caráter oscilante ou não.
A sombra do suicida
vive na escuridão extensa do breu.

Esta inclinação para a morte
acompanha o ser vivo-morto
no seu tempo de lucidez embriagada.

A mente oscilante do suicida 
faz de sua vida, uma vida sórdida. . . melancólica.
Semelhante a vida de qualquer
outra pessoa que se diz "estar bem".

Possuidor de pertubações coesas
e de contexto ansioso, o suicida
adquire imagens que variam em formas e cores.
Depende apenas do humor, do abandono,
e do grau da frieza dos outros corações.

Descobrindo a tristeza,
torna-se o maior conhecedor do desespero intenso
da desesperança, da culpa, da melancolia, da ira. . . 
e da morte.
Seu objetivo final!!!

Irrefreável, procura a morte.
Cada pensamento homenageia a morte irrefutável. 
Deixando seu coração lhano.

Não são seus pensamentos suicidas
que amaldiçoa seus dias.
Esta tendência suicida
fortalece seus sonhos mórbidos. 

O suicida
aplica nos desejos a consciência
de poder sentir a morte
em seu momento de êxtase.

Sua missão é ter agilidade
no momento da execução.
Possuidor de profunda firmeza 
na falta de esperança
e de sentimentos contraditórios.

Sua vida deprimente, encarrega-se da censura.
 Tem necessidade de dizer ao mundo:
- Viver é lindo!!! E é difícil suportar dificuldades,
humilhações, e os risos de canto de boca.

O suicida é rico de sentimentos, é inteligente
e seus últimos momentos é dedicado para os que amam.
Faz alusões para a morte
que o acolhe de braços abertos.

Faz necessário morrer
e deixar linhas melancólicas de adeus.
Personifica os dia frios 
deixando escuro e sem calor seus sentidos.
Sem reflexões e sem ideais
constrói seus excessos na vida.

Sem desejo ou experiências, 
transforma-se em profissional
sem profissão e de sorriso irônico.
Maneira sinistra de sobreviver.

Aproveita momentos para gargalhar
e se enche de consequência funesta. Tem
inclinação para viver a mesquinhez alheia
e supera a baixeza e a inconstância dos outros.

Com cada aurora, descobre um lado bom da vida
e dela tira proveito próprio.
Construindo um escudo com o cinismo cínico.

Desagradável!!! . . . confesso.

A vida deixa sabor mordaz,
e eu quero apenas ser eu mesma
no presente e no futuro.
Por fim, 
descobri que todos os caminhos nos levam a morte.

                                                  Janice Adja
                                                                 "Plágio é crime e estar no Artigo 184 do Código Penal 9610."